
Hoje descobri que não gosto de despedidas. Ou melhor, de partidas.
Prefiro sempre ser eu a partir, a deixar para trás. A expectativa daquilo que nos espera na estação seguinte dá-nos sempre mais força do aquela que a ânsia oferece a quem fica na plataforma.
Hoje também me lembrei que guardei algumas coisas, talvez amor. Guardei-as tão bem que, quem sabe, talvez nunca mais as encontre. Não sei se é bom, é?
Com ou sem companhia eu sempre fui e sempre serei uma "viajante solitária". Os lugares são quadros com paisagens, são vidas e sabores. E eu, eu estou nesse mundo, no meu mundo.
Lembro-me das viagens em Agosto; do vento quente a entrar pela janela do jipe e do vento húmido, ainda que igualmente quente, que se fazia sentir no deque. Sabia quase sempre a liberdade. Quase porque às vezes é a fingir. É um refúgio das nossas coisas; dos hábitos de sempre - do café de todas as manhãs, das ruas boémias de todas as noites - ;dos que se despediram. Um refúgio de nós mesmos portanto.
Se Hoje fosse hoje para sempre, eu ia. E tu?
( é verdade, fui procurar a música do táxi )
Agradecimento especial à minha melhor amiga. Pelo espírito selvagem, pela coragem de se aventurar, pela loucura tão única, e pelo amor.
Obrigada